"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".



Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Morte, nem aqui e nem nunca



Pessoas amadas não deveriam morrer. Não, não deveriam. Pessoas amadas guardam dentro delas, pedaços nossos. Pedaços de sorrisos, de planos, de afetividade, de compartilhamento, de emoção e de identidade. Sim, pessoas amadas constituem parcela do nosso ser e aderem pitadas de nostalgia e sonhos em nossa subjetividade. Pessoas amadas nos garantem um norte, uma linearidade na busca da realização e são companhias indispensáveis.


Quando elegemos a quem dividir o nosso amor, não escolhemos por acaso. É uma escolha minuciosa e ao mesmo tempo, estritamente natural que ocorre de forma espontânea e intensa, veloz e avassaladora.


Algumas pessoas amamos desde o nosso nascimento, quando o choro é interrompido por um simples contato de pele, que providencia imediatamente, segurança e ternura. De quem mais eu poderia estar me referindo? Com raras exceções, aprendemos o amor com nossas mães (ou mulheres que cuidaram de nos e nos amaram da mesma forma que a figura materna está sujeita em seu arquétipo). A mãe nos mostra o amor incondicional no cafuné, nas neuras, nas broncas, nos risos, nos castigos e na comida na boca. E logo, crescemos ao lado dela, e de nosso pai, que em segundo lugar, vem ocupando um espaço significativo em nossas almas. O amor dos pais é único e não pode ser dispensado, porque além da sensação boa que nos traz, é responsável por formar o caráter e muitas características para lá de importantes que desde cedo cravadas, esboçarão significados nos viés que a vida disponibilizar, obrigar ou rodear nossos corpos.


E então, depois de todo esse tiroteio amoroso, iniciamos nosso círculo de convivência social, onde aprendemos nas diferenças encontrar as semelhanças e a partir disso, amar. Às vezes, a decepção é três vezes mais forte que o próprio amor que concedemos a determinado elemento. Mas amar, vale a pena, sempre.


O amor é um sentimento único que esboça um sentido puro e sem alicerces relacionados á interesses, categorias. É um sentimento nobre da tabela sentimental da vida. Extravasa o espaço físico e visual e se desmancha em atitudes de dedicação, apreço e respeito. Com o amor, novos substantivos surgem, como a ternura, a felicidade, a alegria, o êxtase, a tranquilidade, e, até mesmo, a paz.


Depois de nosso círculo social, aprendemos um novo tipo de amor. O amor entre duas pessoas. O amor romântico, ou mesmo, ousado. Pode ser platônico, inaceitável, inaudível ou impronunciável. Pode ser mão dupla ou unilateral, pode constituir o bem, como também o mal. Mas é um amor diferente, que é capaz de quebrar corações e restituí-los. Trazer paixão e dor. É um paradoxo universal, procurado, investigado, curtido, sonhado.


Existem ainda amores paralelos. De irmão, de vó, tio, cunhado, de cachorro, gato, papagaio. Mas mesmo que difícil de ser explicado, todo mundo sabe o que é o amor ou ao menos o sentiu passar alguma vez pela vida. Quem não viu, não quis ver. Pois o amor está difundido em todas as esferas globais, universais e até mesmo em gibis.
Depois de todo o aprendizado que passamos, ao absorver o amor que nos é dado, retribuir, amar novos horizontes, dedicar esse sentimento intensamente á determinada categoria, temos de aprender a lidar com algo: A morte. Eu particularmente acho que morte e pessoas amadas é uma combinação grotesca que no momento da criação desse mundo jamais deveria ter sido aceita. Eu reprovaria, sem sobra de dúvidas.


Como assim, nós, em nossa fragilidade humana, temos de lidar com o distanciamento definitivo de alguém/algo que simplesmente colocamos um pouco de nós? Por que aceitar que uma alegria padeça? Por que permitir que um abraço se esvaia, que as palavras e ações se tornem uma mera memória gostosa e altamente dolorida? Por que? Alguém vê lógica nessa situação apresentada? Revolto-me e digo: Não. Não aceito.