Será... Que o tempo há de permitir um dia que eu te encontre? Talvez no limite da vida, ou no início dela, a eterna. Talvez apenas uma nebulosa, apenas um sussurrar ou energia. Quem dera ouvir a sua risada ao menos mais uma vez, ou poder correr ao seu encontro quando abrir a porta.
Me pergunto a todo instante se estaria feliz com quem eu me tornei. Me pergunto se você pode ler isso agora. Sinto falta do seu abraço, sinto falta da sua voz, da sua segurança. Mas de certa forma, ainda acredito que você está do meu lado... E apesar da minha resistência à acreditar em qualquer religião, e questionar até mesmo a existência de Deus, há uma força dentro de mim, que supera qualquer barreira racional e me faz crer que você pode me ouvir, pode me acompanhar e que está sempre ao meu lado. Às vezes, entre minhas escolhas, tenho vontade de perguntar o que você acha, o que você pensa e se me apoiaria... Sei que de maneira direta eu jamais poderia obter essas informações, mas de qualquer forma, eu acho que posso sentir a transmissão de uma simples brisa no meu rosto, indicando o caminho que talvez eu devesse seguir. E eu sei que é você. Eu sei.
Eu me lembro, com a memória levemente difusa, os gestos mais simples... Eu me lembro de uma palavra, de um abraço, ou mesmo de um gibi. A pequena, e ao mesmo tempo, tão grande marca que você desenhou na minha alma, na minha memória. Parte de mim pertence à você, e parte do que eu sou também. E por mais que os anos se passem, se estendam e corram, eu nunca me esquecerei de você. Não importa se serei jornalista, se casarei, se filhos terei, você é minha certeza eterna. Uma certeza de um curto espaço de tempo, brilhante, mais lindo, que cruzou a minha história e deixou a lembrança mais forte de amor intenso que já vivenciei. Obrigada pelo prazer de ter tido oito anos ao seu lado... Oito anos de dedicação, de amor, de paternidade. Eu te amo, onde quer que você esteja... Fique sempre ao meu lado. Nunca me deixe, pois você é parte de mim, parte da minha alma.