"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".



Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mecanização da alma

A tecnologia nos deixou doentes. A instantaneidade nos tornou impacientes. A agilidade nos tornou superficiais. Estamos todos ligados por redes sociais e tão distantes de nós mesmos. Construímos pensamentos a partir de manifestações de massa, que a cada segundo, oferecem um ponto de vista restrito e tendencioso. Usamos de artifícios cada vez mais rebuscados para tentar expor, por meio de máquina, o que somos ou o que tentamos ser. As respostas prontas sanaram as perguntas, que um dia poderiam levar a outras descobertas. As tendências exalam estereótipos prontos, formatados, editados e incrivelmente comuns. Não sabemos onde começa e termina o limite do que é cobrado, ou o que parte de nossa vontade ou essência... Não sabemos mais andar sem as coordenadas do GPS, nem mesmo observar um lugar bonito, sem ser por trás das lentes de uma câmera, que logo servirá de ponte para postagens. Não sabemos mais exercer a singularidade e nem mesmo trilhar os próprios caminhos. Há uma força muito intensa que nos empurra, e que por meio de verdades inexpressivas e argumentações frágeis, determina o modo de andar, de pensar, de agir e de sentir. Não há espaço para sonhos fantasiosos, pois tudo baseia-se no que é material. Não há espaço para sentimentalismos, pois cobra-se a objetividade. Não há espaço para enxergar, apenas ver, nem escutar... Apenas ouvir. A insensibilidade veio como uma nova doutrina. A criatividade se tornou uma ameaça e o dinheiro, o novo rei.