Como de ironias se constrói a sociedade... Da base mais pura e profunda, o sentimento amor se desenvolve e nem sempre permanece na mesma perspectiva. Desvios são frequentes, mudanças de sentido, significado e princípio. Não há atitude que possa vencer em crueldade quem se esconde através de um sentimento lindo para ferir, machucar, perturbar e enlouquecer uma mente inocente. E tudo em nome do amor.
Seria ele então, tão venenoso quanto a sedução de um vampiro que utiliza de todos os subsídios necessários para encantar, persuadir, hipnotizar sua vítima, para depois simplesmente matar?
Eu descobri que o amor nem sempre tem base bondosa e brilhante. Ele virou refém de outros sentimentos que o usam apenas como ferramenta inicial, superficial e atrativa.
A dor agonizante de corações perdidos em meio à escuridão se propaga repetidas vezes, a medida que entre o intervalo de latejadas, a justificativa em formato de palavra ecoa: Amor, amor, amor.
O amor se tornou a peça chave para que a mente turva e psicologicamente afetada acredite que o melhor está por vir e que a dor que enfrenta agora seja apenas o início de um processo de superação e alegrias. Torna bem intencionado aquele que faz sangrar.
O verdadeiro amor não humilha, não espanca, não julga, não menospreza e não mata.
Sim, ás vezes somos vítimas de impostores. Ódios, invejas, maldades, friezas e mentiras... Todos camuflados de amor. O alerta foi dado. Enquanto seu sorriso se fizer constante, seu refúgio seguro, cultive. Mas quando suas lágrimas forem superiores ao seu brilho no olhar, não permita que o inimigo se aloje em sua alma, sugue suas energias, sua vida e sanidade.