"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".



Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.


sábado, 30 de abril de 2011

What about love?

Essa vida é mesmo muito irônica. Alguém que já significou o mundo para você, hoje não consegue ampliar seu vocabulário limitado de monossílabos frios. Aquela amiga que você confiou, hoje está com o amor da sua vida. É, o mundo gira. E nem sempre coloca as coisas em seus devidos lugares. As vezes o mundo gira e muda a ordem natural das coisas, se é que existe alguma ordem para o mundo louco em que vivemos. E então, meu querido Darvin, a seleção natural elege aqueles mais adaptados às condições mais inóspitas e radicais... Aqueles que possuem a resiliência... A melhor demonstração de superação. Particularmente, eu não acredito que seres românticos sejam muito adaptados ao mundo atual. Talvez essa raça devesse ser extinta e nunca estimulada por artes de qualquer natureza. O mundo hoje, é carregado de pessoas, mas em meio a multidão, existe a solidão. Com a presença constante de contatos físicos, porém carência de sentimentos. Com inúmeras palavras jogadas ao vento, mas com ausência de significados. E os românticos não conseguem aceitar e conviver com esse conceito frio, vazio e incompleto de viver. Não aceitam a realidade superficial e hipócrita. Não sabem brincar de viver. Os românticos sabem apenas entregar-se por inteiro, por mais irreversível e inconsequente que tal ato possa ser. Como dizia Clarisse Lispector: "Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão...". Mas infelizmente, o mundo de hoje possui um ínfimo espaço para idéias como esta, visto que, tudo está muito rápido, muito mecânico e descartável. Uma grande onda de interesses financeiros e sexuais derrubou valores que antes eram tão importantes...
Se o mundo continuar a evoluir nessa direção, chegará a um ponto que a raça romântica será extinta, e eu não gostaria de estar aqui para ver a destruição de tudo o que forma a minha personalidade sonhadora, profunda, talvez até um pouco dramática, mas real. Eu não quero ver o grande império da literatura, dos filmes e histórias infantis serem substituídas por outras tão desnecessárias e pobres.
E quem irá salvar os sentimentos? Para onde irá o amor? Nem tudo o que é fácil, é melhor. Assim como nem tudo o que fere, sangra. O inimigo do homem é invisível e está embutido em ideologias que passam desapercebidas e passam a tomar conta de pontos de vista, de conceitos, de rumos... Até atingir a toda a sociedade, e assim, mudá-la por inteiro...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Óbito instaurado na alma

E então vivo rindo por ai, na tentativa de provar para mim mesma de que nunca estive tão feliz. Procuro vantagens e razões. Mil e um caminhos de percepção, de perspectiva. Estabeleço ordens naturais, busco respostas lógicas, utilizo a razão. Visto o uniforme de superação e anuncio meu sucesso. Elevo minha confiança e solto mil palavras e atitudes. Mas há uma forte discordância. Um conectivo adversativo intenso. Não existe associação equilibrada entre meus opostos: razão e sentimento. Em meio a multidão, sou igual. Não há separação, estou seguindo a maré, caminhando junto com o tempo, rumo ao futuro incerto. Mas quando a noite chega e posso finalmente olhar para mim, e conversar com todas as dimensões do meu espírito e alma, as lágrimas escorrem. O coração encolhe ao sentir a ausência. Uma sombra escura, uma sobra fria, ácida, corrosiva. Tal como a mão de um gigante ao apertar a minha nuca, me sufocando, em uma palavra não dita, um sussuro que não se fez ouvir, um grito abafado, um eclipse total dos sentidos. E então, reconsidero o conceito de morte... Palavra referente ao fato consumado mais amedrontador. E percebo, que a morte do corpo, física, química é increvelmente preferível. Não há experiência mais dolorosa que a tentativa de matar dentro da alma, alguém que ainda está vivo. Corta, sangra, arde e perpetua. E o pior de tudo, é inútil. Um mecanismo integrante do corpo humano... A memória. Por vezes, ela significa tudo. O único elo que mantém algo que já passou, de alguma forma, ainda presente. Mas ela tortura e endoidece. Quando torna-se frenética, já não existe fantasia e realidade. Ou mesmo obsessão. Não existe caminho. Pois todos os caminhos te levam ao calabouço das lembranças. Quem estiver com as chaves por favor me diga. A liberdade é o meu maior desejo. Não quero desfrutar da liberdade sozinha. Não faço planos isolados. Eu aprendi o lado mais colorido, e agora... Como retornar ao meu antigo plano? Um plano mais simples, com menos dimensões, com menos romantismo, com menos idealizações... Como? Eu gostaria poder escolher a minha realidade. E não simplesmente ser passiva de alguém que roubou minha condição de protagonista. Mas aí esbarro com a realidade frágil das relações: Não existe apenas uma opinião e um patamar. A partir do momento em que existe compartilhamento, seja ele qual for, estão abertas as portas de uma guerra sem fim, onde nunca existirá pleno equilíbrio. Nunca existirá padronização, senão por submissão. E quando essa guerra torna-se negativa, onde nem ao menos os polos diferentes se atraem é o fim. E é nesse fim, em que me encontro. Uma linha que segui uma direcão unilateral, por instante sofreu interferências externas e internas e se rompeu ao meio, seguindo direções opostas. E com o passar do tempo, a distância aumenta. A presença torna-se algo inimaginável e as memórias se tornam vagas. A morte vai se estabelecendo dia após dia. A morte do calor, da presença física, emocional, psicológica. E a sombra de algo que antes era tão real, se perde entre desvaneios e sentidos, e então eu sento. E sentada olhando para o nada, e pensando em tudo, me questiono se terei forças para aguentar toda a trilha, e se haverá de existir alguma surpresa, esperando por mim.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Make your own lucky


Eu acredito que a vida é feita de escolhas que começam desde à infância. As escolhas são responsáveis por definir traços de personalidade e formar então, a identidade. Algo totalmente singular de cada ser humano. E as escolhas não estão apenas vinculadas à escolhas profissionais e pessoais em geral, mas também, a pequenas escolhas que fazemos a cada momento, a cada instante. Como decidimos agir em determinada situação é uma escolha, que trará conseqüências. Estas podem ser grandes ou pequenas, dependendo da dimensão, da quantidade de energia emocional e psicológica utilizada e do meio em que ela ocorre. As escolhas nunca são certas. Você nunca terá certeza se o que está fazendo é o que deveria ser feita, pois a toda situações existem perspectivas diferentes para se avaliar e refletir. Quando é necessário fazer uma escolha, seja ela qual for, é necessário primordialmente se avaliar os prós e contras, e comparar para ver o que é predominante. E se as características predominantes são condizentes com o objetivo o qual se quer atingir. Nada adianta escolher aquilo que a maioria, ou o senso comum afirmam ser o mais sensato, se aquilo não trouxer à tona nenhuma manifestação positiva interior. A escolha nunca deve ser feita por impulso emocional, pois a probabilidade de se errar aumenta. A consciência deve estar sempre presente, auxiliada da razão. É claro que os sentimentos contam, e muito, mas é sempre necessário se estabelecer um equilíbrio, para que ambas as partes sejam satisfeitas. Se caso ocorra um equívoco, e não houver como voltar para trás. Não se culpe. Com certeza, no momento você pensou que aquilo era o melhor a ser feito. A única forma de evoluir, é através de erros, de perdas e desencontros, que apesar de doloridos, trazem consigo o amadurecimento.

Às vezes julgamos o futuro algo muito distante e não percebemos que as atitudes executadas no tempo real, é que irão determinar o futuro. O futuro não está tão abstrato que não se possa preparar um bom caminho para alcançá-lo do modo que se deseja. É claro que imprevistos podem aparecer, problemas eventuais, decepções. Mas a base sólida é ingrediente imprescindível quando se sonha e se planeja. O caminho e a sorte somos nós que fazemos através de nossas escolhas. Temos um livro para escrever, com desventuras, mas também emoções e satisfações. Somos os autores da nossa própria história. Quer poder ainda maior, do que o poder de guiar uma trajetória, criar as próprias virtudes e projetar o próprio futuro? Não existe nada mais poderoso do que esculpir o próprio destino.