"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".



Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FEAR

Eu ando com medo. Medo do tempo. Os segundos, minutos e horas parecem estar a cada dia com mais pressa. Momentos são deixados para trás e o instante presente já é passado, e o futuro torna-se incerto, e quando nos preocupamos com o que passou, abrimos mais brechas para arrependimentos de não ter vivido intensamente o presente.
Ontem eu era apenas uma criança protegida, hoje já tenho que fazer minhas decisões e arcar com as consequências, por mais frias e cruéis que elas possam ser. Amanhã vou traçar o meu caminho e ir para a vida. Sem saber, ao certo, o que estará me esperando e se eu vou ter forças para superar tudo o que vier à tona. Antes eu andava de mãos dadas no meio dos meus pais, e havia alguém para segurar minha bicicleta, no caso de uma queda. Agora eu estou indo para a guerra, eu comigo mesma e mais ninguém. E terei de aprender sozinha a das meus passos e ir atrás das minhas conquistas ou derrotas. A vida não é fácil e muito menos previsível, e eu tenho certeza disso, posso comprovar pelas minhas próprias experiências. As pessoas não são boazinhas, o caminho não é repleto apenas de dias ensolarados. Viver é também sofrer. Sofrer ao escolher, ao crescer e envelhecer. E é disso que eu mais temo: Envelhecer. E quando cito envelhecer, não me refiro à ficar velha morfologicamente, com rugas ou cabelos brancos. E sim, passar a exercitar tão firmemente a independência tão sonhada, mas que de sonho, talvez tenha pouco. Eu me refiro em perder o colo da mãe, a palavra desculpa como porta de saída para os problemas ou simplesmente a inocência juvenil.
Eu tenho medo de não atingir os meus objetivos. Eu tenho medo de não ter sucesso e não poder honrar meus pais com o orgulho de todas as fichas que eles apostaram. Eu tenho medo de escolher a pessoa errada para dividir comigo minha vida, e não seja a mãe ideal para meus filhos. Eu tenho medo de não ter vivido suficientemente minha infância e minha adolescência, e ter amadurecido rápido demais, e que agora, já não haja mais tempo para voltar atrás e reconstruir o que ficou perdido. Eu tenho medo da insegurança, eu tenho medo dos meus pensamentos. Eu tenho medo do fracasso. Eu tenho medo.