"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".



Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Areia movediça

Vou escrever sobre a maldade. Eu não sei, mas neste mundo em que vivemos, essa palavra desenha milhões de cárateres, de modos de viver e de governar da sociedade. Guerras, assassinatos, bullying, desigualdade social, preconceito, egoísmo, falsidade, cobiça... Entre outras milhões de outras palavras. Eu sempre considerei o mal uma realidade distante da minha, pois sempre considerei viver em um mundo irreal, onde nada ruim poderia me afetar. Esses dias comecei a me preocupar. As pessoas costumam dizer que não são influenciáveis, e que são capazes de manter suas verdades intocáveis, e seguir seus preceitos. Mas de onde teria vindo então, o famoso ditado popular, tão comum no dia-a-dia: "Diga com que andas, e eu te direi quem és". Voltando ao que eu estava dizendo, eu comecei a me preocupar... Quando olhei para uma maldade diante de mim, e julguei normal e corriqueira. Quando percebi que estava andando com pessoas que esqueceram-se ou simplesmente deletaram de seu vocabulário a palavra verdade, dignidade e respeito. Quando me olhei no espelho, e me senti diferente. Diferente... Mas como assim, diferente? Eu sempre manti o meu semblante natural de sensibilidade. Desde que me entendo por gente, sempre realmente me importei. (I care!). Pude perceber esses tempos, que eu estava indiferente a coisas que estavam fazendo parte do meu cotidiano. Sem perceber, ao ignorar fatos que não deveriam ser ignorados, abri caminhos para que eles pudessem entrar na minha alma, e mexer com toda a minha estrutura familiar, pessoal. Recebi desde o nascimento, valores padrões e concretos, e ao passar a conviver com uma realidade completamente diferente, me perdi. Não... Não perdi o controle ou nada do tipo, simplesmente me senti oculta e confusa. Nada que um tempo de reflexão não pudesse contribuir para o retorno a minhas antigas idéias. Eu só sei... que quando você finge não perceber ou não notar, você está abrindo caminhos para que entrem nas suas terras, e façam dela propriedade, comandando seus sentimentos, emoções e atos. Por mais forte que você seja, ninguém é impenetrável, intocável. Não deixe enganar ou persuadir. Não deixe a maldade te consumir, como uma areia movediça. Não aceite as maldades do mundo. Não concorde com as injustiças. Seja um agente da paz. Trilhe seus caminhos e siga o seu coração... É claro, nunca esquecendo da razão. E também sempre que puder, estenda a mão, a alguém que precise.