Eu ando muito indgnada com a mediocridade do mundo e das pessoas. Eu estou saturada de ligar a televisão e procurar um programa interessante, e encontrar reality shows fracos e vazios, noticiários sensacionalistas, propagandas comerciais e corrupção. Muita corrupção. Estou cansada de olhar o comportamento das pessoas e enxergar vácuos... Para onde foram as pessoas inteligentes, os sonhos empreendedores, o conteúdo, os sonhos e as visões diferenciadas? Com a globalização, países se uniram, idéias explodiram... E ao invés de uma incrível miscigenação de culturas e compartilhamento de informações, visões de grandes pessoas, se tornaram unilaterais, pequenas e fechadas. Objetivos tornaram-se comuns e o modo de enxergar a vida, tornou-se muito especializado e fechado. Quantas pessoas hoje, se interessam por filosofia, e tentam de alguma forma tentar entender o mundo através de outros patamares de reflexão? Quantas pessoas, fazem ao menos idéia do que significa a palavra política, e pensam realmente antes de votar em algum candidato? As pessoas de hoje, se tornaram fúteis. Escolhem a profissão, pelo dinheiro. Escolhem o candidato, por interesses. Escolhem o marido ou esposa, pela sociedade. Escolhem a religião, por indiferença. Escolhem viver a vida, como se ela fosse insignificante. As pessoas pararam de sonhar, de lutar, de buscar conhecimento. Pessoas estão tão fechadas dentro de seu mundo vazio, que mal conseguem enxergar a si mesmo. Hoje você pergunta para um adolescente... O que você fará na faculdade? E ele responde... Faculdade?Pra que? Vou cuidar do estacionamento do meu pai. Não existem mais rodas de conversa para se discutir um assunto atual, ou mesmo para questionar novas idéias e conceitos. As pessoas nascem e são encaminhadas a um caminho, daquele a qual nem se dão ao trabalho de questionar se é o que realmente gostariam de seguir... E vivem. Ou não... As vezes simplesmente, como diz a música 'Deixa a vida me levar...' E não escolhem caminhos... São empurradas, para um destino incerto.
Essas pessoas sabem exatamente qual foi o último capítulo da novela das oito, sabe do que acontece entre a porteira e o síndico do prédio, sabem o que foi dito no domingão do faustão, foram ao último show sertanejo... Compraram a nova edição da revista CARAS, e estão sempre na moda. Eu não quero isso pra mim. Eu não quero servir a sociedade, e ser escrava dela, aderindo a todas as estúpidas imposições de idéias. Eu não quero fechar a minha mente para o conhecimento, eu quero buscar, eu quero aprender, eu quero escalar montanhas cada vez mais altas, eu quero me superar. Eu quero vencer. E ser feliz, por ter vivido intensamente cada escolha feita. E a escolha virá do meu interior. Um interior inquieto e curioso.
Eu não quero seguir aquela vida monótona e corriqueira... como a letra da música do Caetano Veloso diz... "Todo dia ela faz, tudo sempre igual. Me sacode as seis horas da manhã... E me dá um sorriso pontual, e me beija com a boca de hortelã". Eu quero surpreender. Eu quero inovar.
"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".
Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Areia movediça
Vou escrever sobre a maldade. Eu não sei, mas neste mundo em que vivemos, essa palavra desenha milhões de cárateres, de modos de viver e de governar da sociedade. Guerras, assassinatos, bullying, desigualdade social, preconceito, egoísmo, falsidade, cobiça... Entre outras milhões de outras palavras. Eu sempre considerei o mal uma realidade distante da minha, pois sempre considerei viver em um mundo irreal, onde nada ruim poderia me afetar. Esses dias comecei a me preocupar. As pessoas costumam dizer que não são influenciáveis, e que são capazes de manter suas verdades intocáveis, e seguir seus preceitos. Mas de onde teria vindo então, o famoso ditado popular, tão comum no dia-a-dia: "Diga com que andas, e eu te direi quem és". Voltando ao que eu estava dizendo, eu comecei a me preocupar... Quando olhei para uma maldade diante de mim, e julguei normal e corriqueira. Quando percebi que estava andando com pessoas que esqueceram-se ou simplesmente deletaram de seu vocabulário a palavra verdade, dignidade e respeito. Quando me olhei no espelho, e me senti diferente. Diferente... Mas como assim, diferente? Eu sempre manti o meu semblante natural de sensibilidade. Desde que me entendo por gente, sempre realmente me importei. (I care!). Pude perceber esses tempos, que eu estava indiferente a coisas que estavam fazendo parte do meu cotidiano. Sem perceber, ao ignorar fatos que não deveriam ser ignorados, abri caminhos para que eles pudessem entrar na minha alma, e mexer com toda a minha estrutura familiar, pessoal. Recebi desde o nascimento, valores padrões e concretos, e ao passar a conviver com uma realidade completamente diferente, me perdi. Não... Não perdi o controle ou nada do tipo, simplesmente me senti oculta e confusa. Nada que um tempo de reflexão não pudesse contribuir para o retorno a minhas antigas idéias. Eu só sei... que quando você finge não perceber ou não notar, você está abrindo caminhos para que entrem nas suas terras, e façam dela propriedade, comandando seus sentimentos, emoções e atos. Por mais forte que você seja, ninguém é impenetrável, intocável. Não deixe enganar ou persuadir. Não deixe a maldade te consumir, como uma areia movediça. Não aceite as maldades do mundo. Não concorde com as injustiças. Seja um agente da paz. Trilhe seus caminhos e siga o seu coração... É claro, nunca esquecendo da razão. E também sempre que puder, estenda a mão, a alguém que precise.
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