"Vivemos em uma sociedade fútil. Não seja como os outros. Não deixe de ser você mesmo. Não perca sua própria essência".



Não me escondo sempre. Porém quando faço, é difícil me encontrar. Minhas emoções são seletivas... Demonstro à aqueles seres livres e puros que tanto me encantam a cada dia. Não gosto de maldade. Aprecio o ócio e o pensamento. Sou atraída por olhares... Transparentes, misteriosos. Julgo a ignorância o mal da sociedade e o fetichismo a razão dos relacionamentos voláteis e mecânicos. Religião é dúvida e amor é crença. Sorrisos são enérgicos e amigos são anjos. Não tenho a pretensão de ser a melhor, mas boa o bastante para aqueles que prezo. Acredito na classe e na postura. Sem clichês fúteis.
Gosto de abraços fortes, entregas verdadeiras, desejo e paixão.
Não me obrigue a concordar e não tente me prender. Minha alma é livre como um pássaro. Meu coração é honesto. Penso sim antes de falar. Me machuco rápido e sou sensível. Mas também sou forte e guerreira. Não me conte mentiras, por mais lindas que sejam. Se eu amar, amarei. Se chorar, chorarei. Portanto, vou viver.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Átomos do conhecimento

Quero partir do princípio das idéias do famoso filósofo Demócrito, onde toda a matéria pode ser dividida até que se alcance a menor partícula, esta, indivisível. Hoje sabemos, que esta partícula é chamada de átomo... E que Demócrito estava errado, pois as particulas são sim, divisíveis. Mas o ponto que quero chegar é exatamente na linha de raciocínio desse filósofo. Demócrito acreditava que essas particulas poderiam se aliar a outras formando determinada substância e depois simplesmente se desvincular, e posteriormente formar outra. Ele acreditava em curingas, que poderiam se encaixar em infinitas combinações. Eu gostaria de realizar uma analogia desse pensamento bastante denso, principalmente quando se avalia a época em que este filósofo vivia e o conhecimento de mundo atual. Para mim, o conhecimento é a base de todos os acontecimentos importantes no mundo. Através dele se é possível contruir relações, evoluir acadêmica e emocionalmente. O conhecimento leva o ser humano a atravessar barreiras antes impensáveis. O conhecimento é algo singular. Todos são capazes de desenvolvê-lo, mas pouco realmente os fazem. O conhecimento de hoje está muito fragmentado. Isto é, as pessoas não estão utilizando de fragmentos para construir grandes monumentos. E sim, analisando as coisas com uma proximidade tão grande, que não se é possível enxergar sua origem e seu contexto universal. Antes da revolução industrial, um único artesão era capaz de concluir todas as etapas de sua produção sozinho. E por mais, que utilizasse de recursos um pouco mais evoluídos, como a manufatura, ele ainda entendia o por que acontecia determinados processos. Com a vinda do modelo fordista, e as novas formas de organização do trabalho, funcionários se especializaram ao extremo em determinadas funções tão pequenas, e construíram seus próprios cárceres, limitando suas dimensões para um trabalho mecânico e alienado. É claro que desde a revolução industrial, muita coisa mudou, e o radicalismo extremo daquela época já não se faz tão presente. Mas com certeza raízes ficaram e moldaram a nova sociedade, seus valores. As pessoas estão mais direcionadas unilateralmente e com mentes mais restritas. E isso aplica-se a todas as áreas do conhecimento. Grandes gestores apenas ordenam, sem nem ao certo saber o motivo; Médicos que só sabem realizar determinadas funções pequenas; Turistas que apenas tiram foto ao lado de um monumento histórico sem saber nem ao menos sua razão de existência. Eu, particularmente não acredito nessa forma de conhecimento. Como entender as invasões holandesas, sem saber o que foram as revoluções inglesas? Como entender a política, por opiniões sensacionalistas alheias? Como estudar o Brasil, sem saber que ele pertence à América Latina, ao planeta Terra, à Via Láctea? É claro que a generalização desenfreada, também leva à superficialidade, o que não é o objetivo. O importante é o equilíbrio. É saber utilizar os átomos do conhecimento, para a contrução concreta de substâncias importantes. É saber combinar e descombinar idéias, e não contentar-se com o senso comum e com o básico. É ir além.